Tenho visto, ao longo dos anos atendendo construtoras de diferentes portes, que o roubo em canteiros de obras ocorre, de maneira geral, em duas frentes distintas: os pequenos furtos internos e os assaltos organizados. Ambos geram prejuízos sérios e evitáveis com medidas adequadas de segurança.
Os pequenos furtos normalmente partem de dentro: funcionários da própria construtora ou terceirizados que aproveitam brechas na fiscalização para subtrair máquinas portáteis como furadeiras, esmeriladeiras e outras ferramentas de custo elevado. Muitas vezes, essas ferramentas são levadas para uso pessoal em "bicos". Um caminho eficaz para reduzir esse tipo de perda começa no recrutamento. Caprichar na seleção e contratação da mão de obra é essencial para minimizar riscos internos.
Além disso, a implantação de controle de acesso eficaz, principalmente na saída do canteiro, ajuda bastante. Isso inclui revistas visuais de bolsas (prática permitida por lei) e a etiquetagem dos equipamentos mais visados. A etiquetagem dificulta a revenda e desestimula o furto.
Outro aliado fundamental é o sistema de CFTV (circuito fechado de TV) com gravação de imagens. Hoje, esse recurso é muito mais acessível. Com um investimento entre R$ 2 mil e R$ 6 mil, já é possível instalar um sistema básico que, posicionado nas entradas e saídas do canteiro, tem efeito psicológico e coíbe ações ilícitas. Vale lembrar que esses equipamentos podem ser reutilizados em futuras obras, o que amplia o custo-benefício do investimento.
Mas o cenário mais preocupante envolve os assaltos organizados, geralmente realizados por criminosos armados. Esses ataques ocorrem com mais frequência durante a noite, em feriados ou em dias de pagamento de funcionários. Nesses casos, o prejuízo pode ser enorme, tanto material quanto humano.
Algumas medidas preventivas que recomendo:
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Substituir tapumes de madeira por barreiras metálicas, que além de mais resistentes, são reutilizáveis. O ideal é que tenham pelo menos entre 2,20 m e 2,40 m de altura, permitindo a instalação de concertinas de aço inoxidável no topo.
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Instalação de concertinas e, se possível, sensores perimetrais com alarme monitorado.
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Contratação de porteiros ou vigias, desde que seja feita com critério, por empresas com tradição e boas referências no mercado de segurança.
Outra medida que pode ajudar, especialmente na relação da construtora com o cliente incorporador, é a contratação de seguro da obra. Algumas apólices incluem cobertura para roubos e furtos, além dos riscos de engenharia. No entanto, essa solução ainda é pouco utilizada por pequenas e médias construtoras, devido ao alto valor das franquias e ao baixo índice de reembolso. Fora isso, as seguradoras exigem registro de boletim de ocorrência, perícia, apresentação de notas fiscais, e que os materiais estejam armazenados em locais fechados — como contêineres — o que nem sempre é viável em todos os tipos de canteiro.
A segurança de um canteiro de obras exige planejamento. Não basta apenas contratar um vigia ou colocar uma câmera; é preciso entender as vulnerabilidades específicas do local e construir uma estratégia completa, unindo recursos humanos e tecnologia.
Sou Elcio Estevam, consultor de segurança na Logos Segurança, empresa especializada tanto em soluções eletrônicas (CFTV, alarmes, sensores e controle de acesso) quanto em serviços de vigilância presencial (porteiros e vigias), tanto para a fase da obra quanto para o condomínio pronto, ou mesmo para a sede da construtora.
Se você está iniciando uma obra ou tem sentido vulnerabilidades em sua segurança atual, posso visitar o local sem compromisso, apresentar sugestões técnicas e até desenvolver um projeto completo, com base na experiência que já temos atendendo diversas construtoras.
Contato direto: (11) 96671-9027
Site: www.televig.com.br
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